terça-feira, 1 de setembro de 2009

FÓRMULA

Se o amor tivesse uma fórmula científica, não seria oriunda dos estudos da física elétrica onde opostos se atraem. Também não seria matemática, cuja álgebra insiste em dizer que "menos vezes menos dá mais", nem geometria analítica que acredita em x e y definindo um único ponto.
Todas essas ciências caracterizam o amor mas não o formulam, não o confirmam, não captam sua essência. É que amor é química.
Na química, cada um de nós vira elemento e, seguindo cegamente a lei dos octetos de Lewis, procuramos os átomos e elétrons que nos completam, vivendo eternamente em reação, ligação e redução. Às vezes dando tudo, às vezes ganhando nada.
Nesta alusão, o que mais se relaciona com os homens é a necessidade de hibridar e, portanto, alterar nossa própria estrutura para agregar um companheiro. Abrir mão de espaços para não ficar só. E ainda assim, existem aqueles que chamamos de gases nobres.

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