sexta-feira, 6 de abril de 2012

FIM DE NÓS

A gente acaba em mim
que sou eu o fim

Não controlo meu jeito barroco
Não acho medida para abraço oco
Não sirvo e sou pouco

E meu banho ainda é gelado
Meu leito te torna cansado
meu beijo ficou aguado

Não quero mais pagar pra ver
E o que deu pra ser, sabe Deus porquê
Foi na hora errada



(Este texto faz parte do grupo do fins e foi escrito há cerca de 10 meses. Resgatado e finalizado apenas hoje.)

segunda-feira, 2 de abril de 2012

ELEGIA

Elegia de um dia
para uma alma em fatia

Elegia dos homens mal-amados,
dos alvéolos desmatados

Elegia do meu corpo descascado
dos amantes destratados

Elegia de uma tarde
para um silêncio que alarde

Elegia dos homens cansados,
dos braços atados

Elegia do meu místico revelado
dos meus medos vedados

Elegia pela noite
para uma alma sem acoite