quarta-feira, 13 de outubro de 2010

FIM DA TARDE

A tarde acaba em mim
que sou eu o fim

Na luz que acaba amiúde
Árvore angulosa cheia de espinhos
galhos cravados num peito sozinho
Barco sem abrigo, sem ombro amigo
o mesmo medo antigo

Banho gelado no escuro
sou surdo mas sussurro
Rego com negro minha colheita de amores
que são negras as sombras de minhas dores

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