domingo, 1 de maio de 2011

FIM DA ONDA



A onda acaba em mim, que sou eu o fim
A água lambe meus pés de ataúde
A espuma me arrasta, não sou surdo não
Mas, mudo calado, fiquei desgastado
Com o som do alaúde que habita o meu coração

A onda é descalça, engole minhas roupas
minhas roupas tão poucas pelos mares se vão
Meu olho afogado me encara cansado
Renega a agonia, se lança à escuridão.


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